Manifestantes abastecem R$ 0,50 em protesto contra aumento de combustível

Jovens estudantes, empresários e membros de organizações diversas de Itabira realizaram ontem, 7 de março, pela manhã, um protesto contra o aumento do combustível, com o objetivo de mostrar a indignação pelo alto valor e pelos constantes aumentos ocorridos em menos de um mês. O movimento denominado “Na Mesma Moeda” é nacional e já aconteceu em Belo Horizonte e em outras capitais.

Fantasiados de nariz de palhaço, usando mega-fone e distribuindo cartazes, os manifestantes saíram pelos postos da cidade abastecendo o valor de R$ 0,50 e pedindo a nota fiscal com a finalidade de tornar o custo do abastecimento para os donos de postos mais alto do que o lucro que eles teriam com a venda do produto.

Para garantir que os postos não se recusassem a prestar o serviço pedido, esteve presente na manifestação o advogado e secretário-executivo do Procon, Leonardo de Almeida Oliveira. Segundo ele, o consumidor tem o direito de abastecer o valor que quiser e os postos não podem se recusar a isso. “Essa é uma manifestação legal, democrática e deve conquistar mais adeptos. O Procon, como órgão de defesa dos direitos do consumidor, apoia esse movimento, pois o consumidor está pagando pelo lucro do posto e os impostos do governo”.
O gerente de um dos postos da cidade, Alexandre Alvarenga Torres, também achou o protesto importante e válido. No entanto, ressaltou que a culpa dos aumentos não é dos postos de combustíveis. “Os aumentos são prejudiciais tanto para o consumidor quanto para os donos de postos. Se compramos o combustível mais caro, não temos como não repassar o aumento. Hoje, tenho comprado à gasolina a R$ 2,74”, disse.
Alexandre ainda disse que nos próximos dias o preço do etanol pode cair. O aumento no valor deste combustível foi responsável pelos constantes reajustes da gasolina. Quem quiser acompanhar onde estão ocorrendo o Movimento na Mesma Moeda, por todo o país, pode acompanhar as datas pelo site http://www.movimentonamesmamoeda.com.br/. Em Itabira, o movimento tem sido estimulado e discutido por meio das redes sociais como Twitter e Facebook, com a tag #NaMesmaMoeda.